O 1º turno do Atlético/MG com Sampaoli — prós e contras da mudança radical no time com a temporada em andamento

Matheus Eduardo
13 min readNov 4, 2020

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Jorge Sampaoli viveu altos e baixos com o Atlético Mineiro durante o Campeonato Brasileiro; com os resultados ruins na reta final, time perdeu a chance de encerrar o turno na liderança da competição (Pedro Souza/Atlético Mineiro)

A chegada de Jorge Sampaoli ao Atlético Mineiro, em março deste ano, causou uma grande transformação na montagem do time e nas metas alvinegras para a temporada 2020 — e início de 2021. Porém, entre a luta pela liderança do Brasileiro e as expectativas em janeiro, muita coisa aconteceu.

Em 18 partidas disputadas no campeonato nacional (o duelo contra o Athlético/PR foi adiado, já que o Galo estava na final do Mineiro), foram 10 vitórias, 2 empates e 6 derrotas. Todos os revezes ocorreram fora de casa. No Mineirão, o time venceu os 7 primeiros jogos e empatou os 2 últimos. O resultado disso foi o 3º lugar na tabela, com 32 pontos, três a menos que Inter e Flamengo, equipes com uma partida a mais que o Galo. Em números gerais, ainda é uma campanha irregular, com pontos preocupantes e margem para correções.

Estava bem claro que, ainda nos primeiros meses do ano, a meta alvinegra era um trabalho mais modesto e em etapas mais lentas sob o comando de Rafael Dudamel. O fracasso com o venezuelano (durou 54 dias no comando do time), com eliminações precoces na Copa do Brasil e na Sul-Americana, levou a um “apelo” na busca por um treinador mais capacitado e maiores investimentos dentro do elenco.

Diante disso, o “novo” time para a disputa do Campeonato Brasileiro conta com um sistema bastante específico: desde as características próprias do trabalho com Sampaoli (diante dos conceitos do jogo de posição) até as escolhas minuciosas nos reforços para integrar este plantel. Dá para dizer que, de modo geral, o Galo apresentou um dos “produtos” mais interessantes da primeira metade da competição, ainda que com grandes oscilações na reta final.

Na sequência, o texto se dividirá em explicações sobre a equipe e o contexto. Acompanhem.

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Alto número de contratações e um elenco quase inteiro montado em 2020

Antes de falar sobre o desempenho coletivo ou destaques individuais, é importante destacar a maneira com que o grupo foi montado em 2020. Diante da nova perspectiva (pós-Dudamel), com mais investimentos fortes, sobretudo de Rafael e Rubens Menin, o elenco passou a ser organizado com a temporada em andamento. Desde a chegada de Sampaoli, foram 10 jogadores contratadosEverson, Mariano, Junior Alonso, Bueno (por empréstimo), Alan Franco, Zaracho, Marrony, Keno, Eduardo Sasha e Léo Sena (este emprestado ao Spezia-ITA após não agradar o treinador nas atividades diárias). Uma mudança radical no grupo durante a temporada.

Antes da chegada de ‘Sampa’, o Galo já havia incorporado ao grupo outras oito novidades com Dudamel no comando ou em data próxima— Rafael (chegou assim que o treinador foi demitido), Maílton, Guilherme Arana, Allan, Hyoran (por empréstimo), Dylan Borrero, Savarino e Diego Tardelli. Entre todos os novos nomes de 2020 que compõem o elenco atual (desconsiderando quem subiu da base), 17 novidades. Com tantas caras novas, era difícil imaginar uma equipe forte logo de início, sendo que nem identidade ela tinha.

Por fim, os 8 remanescentes de 2019 ou anos anteriores que se mantiveram neste grupo com Sampaoli: Victor, Guga, Gabriel (esteve emprestado ao Botafogo em 2019, mas atuou regularmente entre 2016 e 2018), Igor Rabello, Réver, Jair, Nathan e Marquinhos — além dos jovens Sávio (16 anos) e Calebe (20 anos), recém-promovidos e frequentemente relacionados pelo treinador.

Contexto do time na competição

É fato que o Atlético conseguiu um grande arranque no Brasileiro. Nas 12 primeiras rodadas, 9 vitórias. Até baterem o Goiás (15ª rodada), eram 7 triunfos seguidos em casa.

Com partidas a mais para disputar em relação aos rivais, a projeção era de liderança do torneio ao fim da primeira metade da competição. Não aconteceu. Nas seis rodadas finais do turno, o Galo somou apenas 5 de 18 pontos disputados.

Entre o céu e o inferno, há características essenciais a se destacar. Primeiro, na ascensão: Sampaoli é um dos melhores treinadores do Brasil — talvez o melhor— e comprovou isso nos momentos de preparação. Chegaram reforços e o desempenho foi ótimo na fase de construção da equipe; não só pelos resultados, mas pela capacidade de manter alto nível na parte física e com a bola. Não à toa, foi o time que mais finalizou por jogo (13,7 vezes), mais finalizou na trave (14 vezes), foi o 2º com mais chances criadas (51, dez a menos que o Flamengo) e o 2º melhor ataque (31 gols, dois a menos que o Flamengo) no turno.

Nathan e Keno simbolizam a melhor parte do sistema ofensivo do Atlético: eles são os dois jogadores com mais gols pelo time na ‘Era Sampaoli’; o meia com 6 bolas na rede e o atacante com 9 (Foto: Pedro Souza/Atlético Mineiro)

Exceto pelos dois jogos finais no turno (Sport e Palmeiras) e a derrota para o Internacional (5ª rodada), o Galo balançou a rede adversária em todas as demais ocasiões no Brasileirão. No entanto, foi vazado em 12 dos 18 jogos. A falta de equilíbrio, aliada aos problemas de transição defensiva e erros em saída de bola causaram problemas ao time durante as semanas. Dessa forma, as derrotas para Fortaleza, Bahia e Palmeiras influenciaram negativamente no planejamento para a metade inicial do torneio.

Apesar das oscilações e críticas — necessárias — quanto à queda de efetividade da equipe, sobretudo tendo semanas cheias para treinos, é necessário pontuar uma questão. Como dito anteriormente no texto, o elenco do Atlético é recém-montado. Apesar do aumento considerável de qualidade e dos gastos primorosos (mais de R$ 100 milhões em contratações em 2020), as muitas novidades podem gerar dificuldades de entrosamento e instabilidade. Nem todos os times vão render maravilhas como o Flamengo de 2019, após montar mais de meia equipe titular em um semestre.

Apesar dos pontos fortes, a maior deficiência ofensiva do Galo tem sido a finalização. Além de ser a segunda equipe que mais desperdiça grandes chances no Brasileirão (32, quantidade maior que o número de gols marcados[31]), a capacidade de conclusão de jogadas não está bem distribuída entre os jogadores. Sampaoli trabalha sem um atacante tão preciso na finalização, e sofre com a baixa efetividade dos jogadores que tem em mãos.

Com o dilema de escassez de gols nas partidas mais recentes do Brasileirão, o Atlético vive o pior momento ofensivo desde a chegada de Jorge Sampaoli. Desde o último gol marcado, diante do Bahia, são 268 minutos consecutivos — contando acréscimos nas partidas — sem balançar a rede adversária.

Desde o início do Campeonato Brasileiro, Keno foi o único destaque positivo em bolas na rede entre os atacantes: 8 (3 de pênalti) em 22 finalizações; Sasha tem 2 gols em 13 finalizações; Savarino fez 3 gols em 20 finalizações; Marrony tem 3 gols em 19 finalizações e Marquinhos não marcou neste Brasileiro (7 finalizações).

Entre os meias, Alan Franco (3), Hyoran (2) e Nathan (3) somam 8 gols na competição — mesma quantidade de Savarino, Marrony, Marquinhos e Sasha somados — , mas não complementam toda a exigência ofensiva em busca da melhor finalização. Em resumo, o Atlético cria muito e transforma poucas chances em gol. Estatisticamente, só está atrás do Flamengo neste quesito dentro da competição.

Forma de jogo e adaptação à nova ‘cultura’ — o futebol do time no Brasileirão

Estruturas táticas e utilização de atletas

Durante o Campeonato Brasileiro, o Atlético passou por algumas mudanças na estrutura de ataque em adaptações aos adversários. Desde o princípio, Jorge Sampaoli buscou partir do 4–3–3 com adaptações na fase ofensiva (com a bola), que alteravam a estrutura do time, principalmente entre o 2–3–5, o 3–2–5 e o 3–1–5–1 [TODAS SERÃO REPRESENTADAS ABAIXO].

De maneira geral, o treinador argentino definiu algumas ideias fixas dentro da execução do time em quase todos os jogos: manutenção da posse de bola, forte trabalho de pressão após perder a bola no campo de ataque, trabalhar com pontas dribladores (extremos) por fora, ao menos dois meias ofensivos ocupando espaços (entrelinha), construção a partir dos zagueiros e um time móvel para atrair os adversários, abrir espaços e acelerar em direção ao gol com muitos jogadores.

Entre os papeis mais presentes, a equipe apresentou a linha de defesa com Guga e Arana exercendo funções diferentes por dentro — o lateral-direito ocupando a saída ao lado dos dois zagueiros ou ao lado dos volantes; o lateral-esquerdo como um meia ofensivo, no 2–3–5, entre os cinco de frente, geralmente entre o meio e a esquerda; antes, mais na construção, entre os três de meio.

Entre o encaixe de jogo, a presença de dois extremos de velocidade geralmente foi caracterizada por Savarino e Keno. Na direita, o venezuelano com capacidade de dribles curtos e passe final; em outros momentos, era ele quem recebia o passe que vinha do outro lado e finalizava. Com Keno, muito mais drible e arranques, e o jogo direcionado para ele ter situações de 1 contra 1 na beirada. A partir disso, espaços para entrar em diagonal e gols — além dos marcados de pênalti. O camisa 11, também por isso, é o artilheiro do time na competição, com 8 gols marcados (além de 2 assistências).

Entre as variantes, entram os meio-campistas e as diferentes ideias do time:

Em 2–3–5: dupla de zaga (geralmente com Réver e Alonso); Guga, um volante (geralmente Jair, mas também Allan fazendo a função) e um lateral-interior na esquerda (Arana ou Allan); um extremo na direita (geralmente Savarino, mas também Maílton, Marquinhos, Sávio ou Keno), outro extremo na esquerda (geralmente Keno, embora Arana e Marquinhos também tenham atuado ali) e dois meias ocupando espaços na “entrelinha” — Nathan ou Alan Franco geralmente à direita; Arana, Hyoran, Savarino ou Nathan/Zaracho à esquerda. No complemento, um atacante de referência (9), em função que, quase sempre, ficou entre Eduardo Sasha e Marrony.

Time estruturado em 2–3–5 na vitória por 3 a 2 sobre o Corinthians, de virada, em casa (2ª rodada)
Time estruturado em 2–3–5 na vitória sobre o RB Bragantino, por 2 a 1, em casa (10ª rodada)

Em 3–2–5: Guga à direita, Réver centralizado e Alonso à esquerda; Jair e Allan como dupla em saída de bola, na chamada “base das jogadas”; dois extremos, os meias e o 9, como na estrutura anterior.

Time estruturado em 3–2–5 no empate por 1 a 1 diante do Fluminense, em casa (16ª rodada)
Time estruturado em 3–2–5 na derrota por 3 a 0 para o Palmeiras, no Allianz Parque (19ª rodada)

Em 3–1–5–1: Guga e os zagueiros; Jair ou Allan como primeiro homem de meio; três meias de ocupação da “entrelinha” (Arana, Nathan, Alan Franco, Hyoran e Zaracho fazem o papel), além dos dois extremos; na linha final, o atacante de referência. Geralmente, neste desenho, mais mobilidade e jogadores infiltrando.

Time estruturado em 3–1–5–1 na vitória por 3 a 0 sobre o Goiás, no Mineirão (15ª rodada)
Time estruturado em 3–1–5–1 diante na derrota por 3 a 1 para o Bahia, fora de casa (17ª rodada)

Intenções e mecanismos

Desde os primeiros jogos, Sampaoli implementa um ataque posicional bem estruturado no Atlético. Com características oriundas do jogo de posição — como a ocupação racional dos espaços, a pressão pós-perda, manutenção da posse de bola, formação de triângulos para gerar opções de passe e saídas curtas — , o treinador tem se adaptado aos adversários, mas mantido um padrão dentro da criação do jogo.

Em quase todas as partidas, o time do Galo tem trabalhado com saídas curtas desde o goleiro, com o intuito de atrair a marcação do adversário e gerar espaços às costas. A manutenção dos defensores próximos (gerando opções de passe), volantes no suporte e, à frente, jogadores ocupando espaços para avançar, é a ideia principal.

Na sequência, exemplos de saídas de bola curtas gerando pressão do adversário e, consequentemente, espaços à frente. Entre os pontos do jogo de posição/ataque posicional implementado, atrair o rival para pressionar e gerar jogo superando essa marcação é um dos fatores mais relevantes. E, em campo ofensivo, o Atlético busca atacar com superioridade numérica — ocupação racional (jogadores em todos os espaços) para fixar a marcação rival e, depois, movimentos rápidos para gerar vantagem.

Saída contra o Goiás com 3 atrás e 3–4–3 estruturado: três atacantes + meia (Hyoran) ocupam espaço à frente quando a bola chega ao campo de ataque (@Higor_18leo/Twitter)
Time postado em 3–2–5; saída curta acelerando em campo de ataque superou linhas de defesa do Atlético Goianiense; gol, no entanto, foi anulado (@felipesimonetti/Twitter)

Ter a bola dá ao Atlético duas possibilidades: enfrentar equipes que pressionam forte e geram situações específicas (como foi contra Flamengo, São Paulo e Palmeiras) ou adversários retraídos, em busca de negar espaços e contra-atacar (Goiás, RB Bragantino, Corinthians, por exemplo). Em todas as situações, é o dinamismo do jogo que vai gerar soluções — com velocidade para passar rápido a bola e sair da pressão ou com mobilidade à frente para superar linhas recuadas.

Jogada que gerou o gol de Savarino diante do RB Bragantino (2º na vitória por 2x1); construção com defensores (3+1) e goleiro, com passes curtos, atrai a marcação e muda o lado da jogada, deixando Keno em condição de mano a mano na esquerda, posteriormente com drible e assistência (TV Galo)

Sem bola, o trabalho de pressão também tem sido bem feito em muitos jogos. Não é por acaso que o Galo tem a maior média de posse de bola por jogo no Brasileirão (60,9%): ter a bola e recuperá-la o mais rápido possível é a tônica do jogo atleticano.

Atlético marcando saída de bola do Vasco com 7 jogadores no campo de ataque; pressão em bloco gerou chances perto da meta adversária na partida — vencida pelo Galo por 4 a 1 (Reprodução/SporTV)

E, embora a equipe seja efetiva em pressão, não gera o mesmo efeito quando precisa voltar para o campo de defesa. A maior fragilidade alvinegra foi a transição defensiva — erros no contragolpe rival geraram, ao menos, duas derrotas ao time de Sampaoli no torneio: Palmeiras e Bahia.

Palmeiras dificultou saídas de bola do Atlético ao encaixar marcação nas linhas de passe alvinegras; por consequência, ocorreram erros atleticanos em passes curtos e espaços para o adversário correr e achar os gols (@Higor_18leo/Twitter)

Destaques individuais

A campanha do Atlético tem premiado alguns dos novos jogadores do time, especialmente os mais jovens. Entre os grandes destaques, o lateral-esquerdo Guilherme Arana talvez seja o mais reluzente.

Em toda a carreira, o jogador se destacou pelas beiradas do campo, seja como ala ou lateral (Corinthians, Sevilla e no que se projetava na Atalanta), mas com Sampaoli atuou quase em todos os jogos na zona interior de campo. Por dentro, fez papel de meia com a bola e de lateral sem ela. É o “defensor” que mais participou diretamente de gols na competição (2 gols + 2 assistências) e o principal argumento para abrir espaços para Keno na ponta esquerda.

Guilherme Arana é um dos maiores destaques do Atlético e do Campeonato Brasileiro como um todo nesta temporada (Foto: Pedro Souza/Atlético Mineiro)

Além dele, Junior Alonso e Jair compõem parte essencial do sistema de jogo. O paraguaio como um dos grandes zagueiros da competição, se destacando com a bola em saída pelo lado esquerdo ou buscando o meio; também é uma unanimidade por baixo, nos desarmes. Alonso é o zagueiro mais rápido do elenco e o que melhor faz a leitura dos espaços. Jair, por outro lado, é rápido o suficiente para executar as saídas de bola como volante mais recuado por dentro e acelera para pressionar, ora atuando como um “5”, ora atuando mais avançado. Já havia feito essa função em 2019 no Galo, inclusive.

No processo evolutivo, mas carregando oscilações, Guga e Allan viveram momentos positivos no time. Encarregados das saídas curtas ou das invertidas de bola a partir dos lados, a dupla também carrega histórico de problemas defensivos. Com Guga, dificuldade de concentração e passes errados que representaram gols adversários; com Allan, excesso de faltas e perdas de posse de bola perto do campo defensivo. Apesar disso, dois jogadores que ainda podem (e devem) ser mais polidos quanto ao passe curto e à facilidade para encontrar alternativas à frente.

No aspecto ofensivo, Keno é o melhor jogador do time. Não só pelos gols, mas pela maior confiança para acertar lances de drible e, posteriormente, tomada de decisão para finalizar ou dar a assistência. Ficou notória essa evolução do ponta durante o torneio. Eduardo Sasha também teve papel importante nos triunfos, embora tenha marcado apenas 2 vezes no Brasileiro, porque é o jogador que lê as jogadas e entende quando ocupar um espaço e abrir outro aos companheiros — sobretudo Alan Franco e Nathan se beneficiaram dessa arma.

Em pontos negativos, a dificuldade de ajuste de Marquinhos, Hyoran e Gabriel dentro da ideia proposta por Sampaoli foi um problema durante o turno. Os três, com algumas limitações técnicas e/ou dificuldades em executar funções, não somaram tantas qualidades ao sistema. À exceção de Hyoran (entrelinhas), importante em jogos como o triunfo diante do Corinthians, quase nada positivo a acrescentar na metade inicial do campeonato. Por outro lado, minutos promissores do jovem Sávio — tem o pé canhoto a partir da ponta direita e é diferente em característica dos concorrentes na posição; no entanto, o extremo é ainda bastante jovem e, naturalmente, precisará de mais tempo para se desenvolver.

Projeção para o segundo turno

Bem como o fim da primeira metade da competição, a tendência é que o Brasileirão siga bastante disputado, sobretudo entre Atlético Mineiro, Flamengo e Internacional. Ainda há a possibilidade de Palmeiras (especialmente com Abel Ferreira) e São Paulo se aproximarem em uma eventual disputa mais ampla.

Dentro desse direcionamento, o Galo seguirá com a briga pelo título nacional em aberto. A tendência é que o time siga com dificuldades, ao menos até as últimas semanas de novembro, quando terá os jogadores de seleção retornando da última Data FIFA do ano. Depois disso, é possível que o time encaixe uma sequência, com semanas de maior descanso em relação aos adversários diretos.

Por outro lado, Flamengo e Internacional têm mostrado melhor padrão coletivo nas últimas semanas — em relação ao Atlético. Haverá confronto direto com o rubro-negro carioca no próximo final de semana (08/11), e jogo contra o Internacional em cinco rodadas (05/12). Em um mês, o destino do Galo poderá ser bem diferente, depois de dois confrontos vitais no torneio.

Próximas partidas do Atlético no Campeonato Brasileiro: jogos importantes contra Flamengo, Internacional e São Paulo em nos próximos 1 mês e meio (Soccerway)

Enquanto os jogos mais duros do turno não chegam, resta a projeção e as expectativas para as próximas rodadas. O Atlético tem tudo e, ao mesmo tempo, não tem nada firmado na luta para encerrar o jejum de quase 50 anos sem um título nacional. Para o clube e para Sampaoli, ainda há tempo para retomar oxigênio em busca de uma campanha histórica.

Créditos de vídeos e frames: Felipe Simonetti (@felipesimonetti), Higor Santos (@Higor_18leo) e TV Galo

Sites de dados: WhoScored, SofaScore e Soccerway

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Matheus Eduardo

Raramente (mas não nunca) posto algumas ideias aqui. A intenção é fazer essas leituras valerem a pena. Futebol em todos os sentidos possíveis.